Remédios para asma e como evitar crises

Remédios para asma e como evitar crises

A asma é hoje um importante problema de saúde global que acomete cerca de 235 milhões de pessoas no mundo todo. Trata-se de uma doença crônica não transmissível que se caracteriza por sintomas respiratórios como falta de ar, tosse e aperto no peito. A asma não é curável mas pode ser controlada por meio de fármacos e outros recursos terapêuticos. Felizmente os tratamentos atuais estão mais eficazes do que nunca na prevenção das crises asmáticas. Ficou curioso? Descubra a seguir quais são os mais eficientes remédios para a asma e como evitar as crises.

 

Índice

  • O que é asma
  • Como é o diagnóstico
  • Como evitar crise asmática
  • Opções de tratamento para asma

O que é asma

A asma é uma doença crônica de ordem respiratória, caracterizada pela limitação do fluxo de ar de forma episódica ou persistente. A asma basicamente promove um inchaço das vias aéreas fazendo com que o ar flua com dificuldade, tornando a respiração muito difícil e custosa. Por isso, os principais sintomas da asma incluem:

  • falta de ar;
  • chiado ao respirar;
  • aperto no peito;
  • respiração curta e difícil;
  • falta de fôlego;
  • tosse.

Esses sintomas podem ser mais graves em algumas pessoas e menos em outras. Ademais, os sintomas também podem ocorrer em momentos específicos, como depois de um exercício físico muito extenuante.

Como é o diagnóstico

O diagnóstico da asma se dá primeiramente pela identificação dos sintomas. Após a apresentação dos sintomas típicos de asma, o médico pode solicitar um histórico completo de saúde, além de realizar exames físicos. O histórico médico para diagnóstico pode incluir:

  • existência de outros membros da família com asma;
  • alergias;
  • tabagismo ou exposição ao fumo passivo;
  • exposição frequente a poluentes.

Há alguns testes respiratórios que também podem contribuir para o diagnóstico da asma. O teste mais comum é a espirometria, que mede a quantidade e a velocidade do ar que o paciente expira.

Como evitar crise asmática

Quem tem asma precisa reduzir ao máximo a exposição a fatores gatilhos das crises asmáticas. Isso parte principalmente da auto observação, que nada mais é do que observar o que geralmente provoca as crises de falta de ar e tosse. Há gatilhos típicos que podem desencadear uma crise de asma, como por exemplo:

  • poluição do ar;
  • ar frio;
  • vírus de resfriado;
  • exercícios extenuantes;
  • fumaça de cigarro;
  • perfumes;

É crucial tomar medidas para evitar o contato com os gatilhos da asma. Quem tem asma induzida por exercícios, por exemplo, precisa saber identificar seus próprios limites físicos, além de estar munido com as próprias medicações para caso uma crise ocorra. 

Opções de tratamento para asma

Não há cura definitiva para a doença, entretanto estudos declaram que o controle da asma envolve 3 frentes bastante eficientes:

  • evitar gatilhos para reduzir a frequência das crises;
  • medicamentos de alívio rápido para crises agudas de asma;
  • recursos terapêuticos de gerenciamento de longo prazo para prevenir os sintomas da asma.

Os principais tratamentos para asma incluem:

Broncodilatadores ou agonistas beta

Esses medicamentos atuam relaxando os músculos que obstruem as vias aéreas. Alguns fármacos broncodilatadores são de ação rápida, aliviando os sintomas agudos da asma e, há outros de ação longa.

Anti-inflamatórios

Esse recurso ajuda a reduzir o inchaço e o muco das vias aéreas de forma contínua, portanto os anti-inflamatórios não servem para aliviar sintomas súbitos de asma. Um dos mais utilizados são os corticosteróides inalados que têm como alvo as vias aéreas especificamente e os corticosteróides orais. 

Modificadores de leucotrienos

São pílulas que impedem que o corpo produza ou ative leucotrienos. Os leucotrienos são lipídios que participam dos processos de inflamação aguda e são potentes constritores da musculatura lisa. Impedir a ação desse lipídio pode ajudar nos sintomas da asma, entretanto há importantes efeitos colaterais envolvidos.

Estudos recentes mostram que não são apenas os fármacos que podem auxiliar no manejo dos sintomas da asma. Suplementos alimentares e nutracêuticos têm se mostrado eficientes no controle dessa doença respiratória também, como por exemplo:

➜  Spirulina

Substâncias capazes de regular negativamente a ativação da NADPH oxidase no pulmão podem ter um grande potencial no controle da asma. Nesse contexto, estudos propõem que a ingestão Spirulina pode ter uma importante utilidade clínica no tratamento da asma devido a presença da ficocianina. Além disso, segundo estudos, há bons motivos para sugerir que a ficocianina dessa microalga exerce uma importante ação protetora pulmonar. 

Se sabe que a asma coexiste com a rinite em uma grande proporção de pacientes, portanto a Spirulina pode ser um eficiente remédio para rinite também.

➜  Cúrcuma

Essa especiaria dos países asiáticos atraiu a atenção de pesquisadores devido à sua eficácia relatada em distúrbios inflamatórios. Sua ação terapêutica se deve a curcumina, o composto bioativo da cúrcuma que possui extraordinárias propriedade anti-inflamatórias e antioxidantes. Dito isso, os resultados de um estudo mostraram que a curcumina em cápsulas age como um potente anti-inflamatório do muco, auxiliando na desobstrução das vias aéreas. Esse efeito é muito útil para o manejo da asma. 

➜  Própolis

Diversos estudos demonstraram os efeitos terapêuticos dos extratos de própolis contra inflamações alérgicas, asma, rinite alérgica e dermatite atópica. Esse efeito do própolis pode ser parcialmente atribuído à sua ação inibitória sobre a ativação de mastócitos e basófilos. Clinicamente, o consumo de própolis como terapia adjuvante é seguro e pode ajudar a atenuar vários sintomas da asma.

➜  NAC (N -acetilcisteína)

A N-acetilcisteína (NAC) é um potente suplemento antioxidante que pode oferecer benefícios clínicos na prevenção da asma brônquica. Estudos indicam que o potencial antiasmático do NAC pode ser explicado por sua influência supressora na formação de anticorpos IgE, infiltração de eosinófilos, estresse oxidativo e produção de citocinas pró-inflamatórias.

Há uma diversidade de remédios para asma disponíveis e, a escolha do mais adequado deverá levar em conta as preferências e estilo de vida de cada paciente. No fim das contas, o manejo eficaz dessa doença deve ser resultado da decisão em conjunto do médico com o paciente.

Referências

Conteúdo escrito por Rafaela Galvão, publicitária pela ESPM-SUL e estudante do 7˚ semestre de nutrição na Unisul. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.

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