Queda de cabelo na gravidez

Queda de cabelo na gravidez

Provavelmente você já ouviu falar que os cabelos das mulheres ficam cheios e brilhosos durante a gestação. Isso – pode sim – acontecer devido aos altos níveis de estrogênio, no entanto, algumas mulheres experimentam queda de cabelo na gravidez. Embora isso seja preocupante à primeira vista, perder cabelo é normal e pode ser causado por alterações hormonais, estresse ou carências nutricionais. Descubra, neste artigo, porque a queda de cabelo pode ocorrer na gestação e como tratar!

Índice
  • É normal queda de cabelo na gestação?
  • O que pode ser queda de cabelo na gravidez?
  • É possível evitar a queda de cabelo na gravidez?
  • Como tratar a queda de cabelo na gravidez?
  • Por que acontece queda de cabelo pós-parto?

 

É normal queda de cabelo na gestação?

Embora não seja comum, a queda de cabelo na gestação pode acontecer com qualquer gestante. A queda dos fios nesse período está geralmente associada a alterações hormonais, estresse ou certas condições de saúde. A boa notícia é, que o crescimento normal do cabelo é geralmente retomado com o tempo ou com o tratamento adequado.

A queda de cabelo não é comum durante a gestação, especialmente nos primeiros meses, que é quando o estrogênio está em seus níveis mais altos. Esse hormônio proporciona ao cabelo um aspecto mais saudável, tornando-o mais volumoso e brilhante. Por outro lado, após o parto é normal notar um aumento expressivo na queda de cabelo, pois todos os fios que permaneceram na fase anágena prolongada mudam ao mesmo tempo para a fase catágena, que é quando os fios entram em repouso e se desprendem do folículo piloso.

O que pode ser queda de cabelo na gravidez?

As causas da queda de cabelo na gestação não são muito diferentes das causas atribuídas para as mulheres não gestantes. Afinal, a gestação em si não fornece imunidade especial contra as condições que podem levar à queda de cabelo. Entre as causas mais comuns da queda de cabelo na gravidez estão:

Estresse e mudanças hormonais bruscas

O primeiro trimestre pode estressar bastante o organismo de algumas mulheres. Afinal, o padrão hormonal muda drasticamente, além de todas novas preocupações com a chegada de um novo membro na família.

Pesquisas mostram que, ao invés de perder em média 100 fios de cabelo por dia, as mulheres podem chegar a perder cerca de 300 fios/dia devido ao estresse e abalo emocional. Essa condição é chamada de eflúvio telógeno e acomete um pequeno número de mulheres na gestação.

Leia mais sobre: Queda de cabelo por estresse

Distúrbios da tireoide

Detectar o hipertireoidismo ou hipotireoidismo durante a gravidez pode ser um grande desafio! A queda de cabelo pode ser um sintoma decorrente de distúrbios da tireoide, além de cãibras musculares, constipação e exaustão.

Carência de vitaminas e minerais

Diversos estudos mostram que certas vitaminas e minerais, como ferro, zinco, vitamina B7 e vitamina C, desempenham um papel importante no desenvolvimento normal do folículo piloso e na função das células imunes. Sendo assim, a deficiência de micronutrientes pode ser associada à queda de cabelo. No contexto da gestação, há numerosos estudos mostrando que as mulheres correm um risco aumentado de desenvolver anemia por deficiência de ferro, que é um mineral importante para o cabelo.

Condições genéticas ou autoimunes

A alopecia androgênica é uma condição genética que se caracteriza por uma fase anágena (crescimento dos fios) curta e um tempo prolongado de repouso e queda (fase telógena). Mulheres que possuem essa condição genética podem experimentar a queda de cabelo estando grávidas ou não.

Doenças autoimunes que causam queda de cabelo também podem ocorrer com gestantes. A alopecia areata, por exemplo, é uma doença autoimune que se caracteriza pela perda de cabelo irregular. Não há cura para esse tipo de queda de cabelo, mas certos tratamentos podem ajudar e fazer o cabelo voltar a crescer.

É possível estar grávida e experimentar qualquer uma dessas condições ao mesmo tempo.

É possível evitar a queda de cabelo na gravidez?

Dependendo das causas, nem sempre é possível evitar que a queda de cabelo aconteça durante a gestação. A perda de cabelo causada por fatores genéticos (alopecia androgenética) pode se manifestar na mulher portadora, independentemente da gestação. 

No entanto, se tratando da queda por fatores emocionais, uma das maneiras de evitá-la é mantendo atividades e cuidados que promovam o bem-estar emocional. Psicoterapia, meditação, yoga e a socialização com amigos e familiares são algumas formas de manter a saúde emocional em ordem durante a gestação.

Evitar a queda de cabelo causada pela carência de vitaminas e outros nutrientes também é possível. O caminho mais certeiro é seguir as orientações de um nutricionista para saber quais nutrientes são mais demandados durante a gestação, bem como quais suplementos são indispensáveis nesse período. De acordo com estudos, suprir adequadamente as demandas nutricionais não só pode ajudar a evitar a queda de cabelo na gravidez como também apoia a saúde geral da mãe e do bebê.

Como tratar a queda de cabelo na gravidez?

O primeiro e mais importante ponto sobre qualquer tratamento durante a gravidez é contar com a orientação do médico. Somente o médico que está acompanhando a gestante saberá sobre as suas particularidades de saúde e poderá assegurar o uso de qualquer medicação ou substância. 

Segundo estudos, os recursos terapêuticos mais conhecidos para a queda de cabelo, como o  Minoxidil tópico ou os medicamentos antiandrogênicos, geralmente não são considerados seguros para gestantes e lactantes.

Se as causas da queda forem devido a deficiências nutricionais, o tratamento geralmente consiste na reposição dos nutrientes faltantes. Um exame de sangue e uma avaliação nutricional completa realizada por um nutricionista é a maneira mais adequada de identificar carências e avaliar os níveis de vitaminas e minerais com precisão.

De acordo com estudos, pessoas portadoras de doenças autoimunes precisam manter a saúde emocional bem amparada durante toda a vida. Isso é verdadeiramente importante porque abalos emocionais são grandes desencadeadores de distúrbios autoimunes, como a alopecia areata ou hipotireodismo. Ambas têm a queda de cabelo como sintoma. O tratamento da queda de cabelo em casos de alopecia areata desencadeada por estresse pode incluir a psicoterapia e outros recursos que apoiam a saúde emocional da gestante.

Por que acontece queda de cabelo pós-parto?

Diversos estudos demonstram que a maioria das mulheres sofre de eflúvio telógeno (queda de cabelo) no pós-parto. Isso ocorre, porque durante toda a gravidez a fase telógena (repouso e queda dos fios) é retardada, o que induz ao aumento de volume do cabelo. Após o parto, o ciclo de crescimento e queda capilar retorna ao normal e os fios que deveriam estar na fase telógena entram ao mesmo tempo nessa etapa. O resultado é um monte de fios de cabelo caindo ao mesmo tempo. 

As principais alterações do ciclo de vida do cabelo na gestação e pós parto são:

Cabelo antes da gestação

(permanente)

Cabelo durante a gestação

(temporário)

Cabelo no pós parto

(temporário)

Ciclo de vida normal com as três fases acontecendo:


  • fase anágena;
  • fase catágena;
  • fase telógena.

Os fios estão sob as influências normais dos hormônios e hábitos de vida da mulher.

Os fios permanecem mais tempo em fase anágena e poucos atingem a fase telógena.


Os fios estão sofrendo as influências do aumento expressivo do estrogênio e da progesterona.


A queda de cabelo pode ser devido a carências nutricionais, doenças autoimunes, estresse ou por causas genéticas. 

Cerca de 30% dos fios entram em fase telógena ao mesmo tempo (eflúvio telógeno).


Os fios voltam às influências normais dos hormônios e o ciclo de vida do cabelo retorna ao seu normal. 


O resultado é uma queda expressiva de fios de cabelo.

A queda de cabelo pós-parto é comum, mas pode assustar algumas mulheres que a experimentam pela primeira vez. Estudos ressaltam que essa perda brusca e expressiva dos fios é temporária e o crescimento normal do cabelo é corrigido por si só dentro de seis a doze meses.

Embora a queda de cabelo na gravidez não seja comum, ela pode sim acontecer. Isso é verdadeiro, especialmente quando a gestante possui alguma doença autoimune, carências nutricionais ou se estiver experimentando intenso estresse. No entanto, vale ressaltar que esse tipo de queda não é permanente. Com o tratamento adequado, o crescimento do cabelo é retomado com o tempo. Consulte seu médico e confira a possibilidade de usar uma vitamina para cabelo e unha.

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Referências

Conteúdo escrito por Rafaela Galvão, publicitária pela ESPM-SUL e estudante do 7˚ semestre de nutrição na Unisul. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.

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