Conheça 6 Tipos de Transtornos Alimentares

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Estima-se que os transtornos alimentares afetem mais de 70 milhões de pessoas no mundo, implicando assim, na saúde física e mental dos pacientes. Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas muito sérias que precisam ser identificadas, diagnosticadas e tratadas por profissionais capacitados.

Para saber mais sobre o assunto, continue de olho na leitura do artigo! Aqui você aprenderá:

  • O que são transtornos alimentares
  • Causas dos transtornos alimentares
  • Principais transtornos alimentares
  • Tratamento para transtorno alimentar

O que são transtornos alimentares

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM-5), elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria, transtornos alimentares são doenças psiquiátricas caracterizadas por alterações persistentes na alimentação ou no comportamento alimentar.

Existem diversos tipos de transtornos alimentares, incluindo anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar, por exemplo. Todos causam prejuízos à saúde física e ao funcionamento psicossocial do paciente.

Causas dos transtornos alimentares

Os transtornos alimentares são multifatoriais e podem ser ocasionados por diversos gatilhos, como:

  • supervalorização e idealização de um corpo magro;
  • ambiente familiar negativo e com baixa comunicação entre os membros;
  • experiências traumáticas, como bullying e abuso sexual;
  • temperamento e personalidade do indivíduo;
  • outras doenças psiquiátricas associadas;
  • genética;
  • insatisfação corporal constante associada à tentativas frequentes de dietas restritivas, entre outros.

Principais transtornos alimentares

Está em dúvida se você apresenta, ou não, um transtorno alimentar? Conheça os mais comuns logo abaixo!

Transtorno de Anorexia Nervosa

É caracterizado pela alta restrição calórica que leva a um peso corporal inferior ao limite mínimo esperado para a faixa etária, gênero e saúde física do indivíduo. Está associado ao medo intenso de engordar ou a comportamentos insistentes na manutenção de um peso significativamente baixo.

A anorexia nervosa pode estar associada a uma distorção da forma corporal e ter diferentes níveis de gravidade. Além disso, pode ter dois subtipos que serão apresentados a seguir:

  • subtipo restritivo: relevante limitação do consumo de alimentos e prática excessiva de exercícios físicos;
  • subtipo compulsão alimentar purgativa: vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas, como meio de impedir o ganho de peso.

Transtorno de Bulimia Nervosa

É caracterizada pela ocorrência frequente de episódios de consumo alimentar compulsivo, ou seja, em grande quantidade, com a ocorrência de métodos purgativos compensatórios, como enemas ou o uso de laxativos e diuréticos, associados a uma autoavaliação indevidamente influenciada pela forma corporal.

Transtorno de Compulsão Alimentar

É caracterizado pela ocorrência frequente de episódios de consumo alimentar compulsivo em um curto espaço de tempo, sem a ocorrência de métodos purgativos compensatórios, mas com sentimentos de muita angústia logo em seguida. Costuma ser mais comum em pessoas com sobrepeso ou obesidade.

Além desses transtornos alimentares, existem outros com diagnósticos menos frequentes, incluindo:

  • Síndrome de Pica;
  • Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo;
  • Outros transtornos alimentares não especificados.

É importante destacar que todos os transtornos alimentares devem ser diagnosticados pelo médico psiquiatra. Caso você tenha se identificado com algum apresentado, procure esse profissional de saúde.

Existe compulsão por carboidratos?

Como visto, os episódios de compulsão alimentar são caracterizados pelo consumo de uma quantidade de comida claramente excessiva em um curto espaço de tempo associado à sensação de falta de controle.

Ainda, devem ter a presença de, ao menos, três dos comportamentos abaixo, relacionados ao ato de comer:

  • consumir um grande volume em uma velocidade mais rápida que a normal;
  • ingerir comida até sentir-se desconfortavelmente cheio;
  • comer grandes quantidades mesmo sem fome;
  • alimentar-se sozinho por vergonha que outros outros o vejam comendo determinada quantidade;
  • apresentar sentimento de culpa extrema, depressão ou repulsa após comer.

Durante o episódio de compulsão alimentar, os alimentos ricos em carboidratos, como pães, bolachas, doces, entre outros, podem ser alvo de consumo. Entretanto, esse não é um critério diagnóstico para compulsão por carboidratos, pois esse transtorno pode ocorrer com qualquer tipo de alimento.

Tratamento para transtorno alimentar

Para tratar pessoas com diagnóstico de transtorno alimentar deve-se ter o apoio de uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatra, psicólogo e nutricionista. Esse time de profissionais especialistas em diferentes áreas se complementará – mas é importante que todos tenham experiência no assunto.

Pode ser que seja necessário realizar tratamento farmacológico, isto é, com o uso de medicamentos, indicado pelo psiquiatra, além de sessões semanais de psicoterapia e aconselhamento nutricional.

Os principais objetivos do tratamento de um transtorno alimentar são recuperar o estado nutricional do paciente, reduzir os episódios de restrições ou purgação, além de auxiliar o indivíduo a retomar o consumo de uma alimentação saudável e sustentável, tanto fisicamente quanto mentalmente.

O jejum intermitente é benéfico no tratamento dos transtornos alimentares?

Não, inclusive ele pode piorar os sintomas. O jejum prolongado, assim como outras práticas de “dieta” que envolvem regras rígidas na alimentação, como restrição calórica exagerada ou restrição severa a um nutriente, podem ocasionar a piora de alguns sintomas relacionados aos transtornos alimentares.

Uma sugestão bacana é o comer intuitivo! Leia mais em: Mindful Eating: saiba o que é isso e seus benefícios

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Agora você já conhece alguns tipos de transtornos alimentares e outras informações relevantes sobre esse tema! Como mencionado, eles devem ser diagnosticados por um médico psiquiatra. Caso tenha se identificado, procure esse profissional de saúde!

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Referências

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