Infecção urinária de repetição: o que é e como evitar

Infecção urinária de repetição: o que é e como evitar

As infecções do trato urinário (ITUs) estão entre as infecções bacterianas clínicas mais frequentes em mulheres e, infelizmente, podem se repetir várias vezes ao ano. A infecção urinária de repetição é uma condição um tanto quanto desconfortável, mas que pode ser evitada e, inclusive, tratada. A resposta para isso nem sempre está nos antibióticos! Descubra como evitar a infecção urinária de repetição através de “remédios” naturais como o cranberry.

Índice
  • O que é infecção urinária de repetição?
  • Causas infecção urinária de repetição
  • Fatores de risco
  • Como evitar infecção urinária?
  • Tratamento natural para Infecção urinária de repetição
  • Alimentos para infecção urinária

O que é infecção urinária de repetição?

As infecções do trato urinário (ITUs) estão entre as infecções mais prevalentes do mundo, especialmente entre as mulheres. No sexo feminino, essa infecção começa na vagina e pode subir para a uretra e/ou bexiga posteriormente. A infecção urinária de repetição ocorre quando a infecção se repete por, pelo menos ,3 vezes no ano ou quando há dois episódios de infecção no período de 6 meses.

Os sintomas de uma Infecção urinária crônica podem ser:

  • micção frequente;
  • urgência para urinar;
  • urina com sangue ou escura;
  • sensação de queimação ao urinar;
  • dor nos rins (parte inferior das costas);
  • dor na região da bexiga.

Causas infecção urinária de repetição

As infecções do trato urinário são causadas por bactérias como a E. coli. Essa bactéria entra no sistema urinário pela uretra e depois se propaga na bexiga. A E.coli é uma bactéria comum que vive no intestino humano em equilíbrio, sem causar problemas. Entretanto, quando essa bactéria sai do intestino, através das fezes, e consegue chegar no trato urinário, ela causa a infecção urinária. 

Nos quadros de ITUs de repetição, o estilo de vida, assim como outros fatores, podem estimular a infecção a ocorrer novamente, além de fortalecer a bactéria no local onde ela não deveria estar.

Fatores de risco

1. Ser mulher

Devido a anatomia do aparelho urinário feminino, as infecções urinárias crônicas acabam acometendo mais as mulheres. Isso ocorre porque a uretra das mulheres está localizada muito próxima do reto. Como resultado, é extremamente fácil para as bactérias do reto chegarem à uretra. Outro motivo para isso, é que a uretra feminina é bem mais curta do que a do homem – e isso significa que as bactérias precisam percorrer uma distância menor para chegar à bexiga e causar a infecção.

2. Relações sexuais

A relação sexual é um dos fatores de risco para as infecções urinárias recorrentes. Isso acontece porque a uretra feminina sofre microtraumas normais durante o sexo vaginal, se tornando- mais vulnerável à instalação de bactérias. Outra razão para as relações sexuais representarem um fator de risco é que o pênis pode transportar a E.coli de outros locais para a vagina com facilidade.

3. Hábitos de micção

Ter o costume de “segurar a urina” por muito tempo está associado a infecções urinárias recorrentes. Esse adiamento voluntário da micção faz com que a bexiga permaneça frequentemente cheia. Assim,  muitas bactérias que deveriam ir embora pela urina, acabam ficando por mais tempo em contato com o trato urinário, podendo causar a infecção.

4. Uso frequente de antibióticos

Um dos tratamentos disponíveis para qualquer tipo de infecção bacteriana são os antibióticos. No entanto, esse tipo de medicamento extermina tanto as bactérias ruins como as bactérias boas. Isso pode causar um desequilíbrio na flora vaginal, caso o uso de antibióticos seja frequente, tornando o ambiente mais propício para infecções urinárias. Outro ponto importante sobre o uso recorrente de antibióticos é que, muitas vezes, as bactérias acabam se tornando mais resistentes e o medicamento passa a não fazer mais o efeito que deveria. Devido a isso, as infecções do trato urinário podem se tornarem crônicas.

5. Menopausa

As alterações hormonais provocadas pela menopausa podem modificar as bactérias vaginais, aumentando o risco de infecções no trato urinário. Depois da última menstruação da vida ocorre uma diminuição expressiva do estrogênio, que, por sua vez, leva a diminuição do glicogênio, afinamento do epitélio e alcalinização da vagina. Todas essas alterações podem predispor a mulher a ter infecções no trato urinário com mais frequência.

6. Gravidez

As infecções urinárias são bem frequentes durante a gestação. Isso ocorre porque, na gravidez, há dilatação da pelve uretral, diminuição do tônus muscular dos ureteres e aumento do pH urinário. As alterações hormonais da gestação também podem predispor as gestantes a infecções no trato urinário por razões parecidas com as da menopausa. Todos esses fatores podem promover o crescimento bacteriano.

Como evitar infecção urinária?

Há diversas maneiras de evitar que uma infecção urinária ocorra ou se repita. As formas de prevenção incluem:

  • beber muita água ( ao menos 2 litros por dia);
  • urinar sempre que sentir vontade para eliminar as bactérias da bexiga;
  • urinar imediatamente após relação sexual vaginal;
  • evitar o uso de sabonetes ou cosméticos inapropriados para limpeza genital;
  • evitar roupas muito justas;
  • não limpar a vulva de trás para frente depois de usar o banheiro, pois isso pode levar as bactérias do ânus para a vagina;
  • evitar duchas vaginais, que podem irritar a vagina e a uretra, facilitando a entrada e colonização de bactérias no trato urinário;
  • evitar o uso contínuo de antibióticos.

Alimentos não recomendados na infecção urinária

Os sintomas de uma infecção urinária podem ser exacerbados por certos alimentos, portanto, há alguns ingredientes que não são recomendados para quem está sofrendo de uma ITU. Os alimentos mais incômodos são bebidas que contém cafeína, alimentos com vinagre, alimentos picantes, álcool e certos adoçantes artificiais.

Os refrigerantes, por exemplo, são apontados como uma péssima escolha para quem sofre com infecções urinárias recorrentes. Um estudo mostrou que mulheres com ingestão recente de refrigerante, particularmente refrigerante diet com cafeína, apresentaram maiores escores de sintomas de infecção urinária e progressão da infecção.

Refeições muito apimentadas, como comida indiana, mexicana e tailandesa, parecem piorar os sintomas da infecção urinária, de acordo com um estudo. Entre os componentes da pimenta, a capsaicina parece ser o causador da exacerbação dos sintomas da infecção urinária.

Tratamento natural para Infecção urinária de repetição

Embora geralmente o primeiro recurso terapêutico para infecções urinárias sejam os antibióticos, existem outras alternativas disponíveis. Essas outras opções de tratamento reduzem a exposição aos antibióticos, evitando que as bactérias se tornem resistentes. Essa resistência bacteriana pode ser comum no cenário de infecções urinárias subsequentes. Os tratamentos naturais para infecção urinária incluem:

Acupuntura

Um estudo avaliou o efeito da acupuntura na prevenção de infecção recorrente do trato urinário inferior em mulheres adultas. O resultado foi de que 85% das mulheres se livraram da infecção durante o período do experimento, demonstrando que a acupuntura parece uma alternativa válida na prevenção de ITU recorrente. Um outro estudo ,que também verificou a eficácia da acupuntura no tratamento da infecção urinária, mostrou que essa terapia foi capaz de reduzir a taxa de recorrência da cistite pela metade.

Probióticos

Probióticos são microrganismos benéficos que podem proteger contra infecções do trato urinário. Há uma grande diversidade de probióticos que podem colonizar a flora vaginal e atuar na prevenção de infecções do trato urinário. Algumas evidências presentes em estudos sugerem que os probióticos podem ser importantes para prevenir ITUs recorrentes em mulheres, além de terem um bom perfil de segurança. Um outro estudo verificou que os lactobacilos podem ser especialmente úteis para mulheres com história de infecções recorrentes do trato urinário. Os probióticos não causam resistência como os antibióticos e podem oferecer outros benefícios à saúdem além da proteção ao trato urinário.

Alimentos para infecção urinária

​​Os hábitos alimentares parecem ser um importante fator de risco para recorrência das infecções urinárias. Saber o que comer pode ser o primeiro passo para a prevenção.

Alimentos fonte de probióticos

Iogurtes, bebidas lácteas, kefir e alimentos fermentados em geral são excelentes para manter a microbiota vaginal equilibrada e protegida. Um estudo realizado com o consumo de produtos lácteos fermentados contendo bactérias probióticas foi associado a uma diminuição do risco de recorrência de infecções urinárias..

Suco de frutas cítricas

Reforçar o consumo do suco de frutas cítricas, como laranja ou limão, parece ajudar a melhorar o quadro de infecção urinária. Um estudo envolvendo 4.145 homens e mulheres mostrou que a ingestão de suco de frutas cítricas foi associada a uma redução de 50% nos sintomas do trato urinário

Cranberry

O cranberry tem sido amplamente utilizado por várias décadas para a prevenção e tratamento de ITUs. Esse fruto vermelho pode ajudar a reduzir as infecções urinárias de repetição devido a uma substância conhecida proantocianidina, que pode reduzir a adesão de bactérias na vagina.

Um estudo mostrou que um coquetel de suco de cranberry foi capaz de estimular uma atividade antiaderente contra bactérias. Isso nada mais é, do que impedir que as bactérias se “colem” nas paredes da bexiga. Esse achado demonstrou que o  cranberry pode ser útil no controle de infecções do trato urinário.

Um outro estudo de revisão da literatura encontrou que os produtos cranberry foram eficazes na redução da incidência de infecções recorrentes do trato urinário em mulheres comparado ao placebo.

Toda mulher que já sofreu com uma infecção do trato urinário sabe como é ruim!

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Referências

Conteúdo escrito por Rafaela Galvão, publicitária pela ESPM-SUL e estudante do 6˚ semestre de nutrição na Unisul. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.

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