Osteoartrite (artrose): causas, sinais e tratamento

Osteoartrite (artrose): causas, sinais e tratamento

Você sabia que entre os tratamentos para artrose está a inserção de nutrientes específicos que podem auxiliar na melhora da saúde articular? Isso é muito animador para quem sofre de osteoartrite (artrose), doença musculoesquelética que causa dor intensa nas articulações e que pode levar à incapacidade física mais tarde na vida. Antes de descobrir mais sobre estes “nutrientes mágicos” com potencial para amenizar a dor nas articulações, você precisa saber o que é exatamente a artrose e os seus principais sintomas. Continue lendo este artigo até o final para saber tudo sobre isso!

Índice
  • O que é artrose?
  • Tipos de artrose
  • As causas da artrose
  • Sintomas da artrose
  • Como é feito o diagnóstico da artrose?
  • 4 tratamentos para artrose
  • Alimentos para artrose

O que é artrose?

A artrose, também chamada de osteoartrite, nada mais é do que um tipo de artrite. No entanto, estamos falando da doença reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade. Trata-se de uma doença articular crônica degenerativa, caracterizada pelo desgaste e perda da cartilagem articular. A cartilagem é o tecido que protege a extremidade dos ossos e, sem elas, é “osso com osso”, friccionando toda vez que nos movimentamos. Além disso, a artrose causa alterações nas estruturas ósseas (vulgarmente conhecidas como “bicos de papagaio”), deterioração dos tecidos conjuntivos e inflamação do revestimento das articulações. 

No Brasil, não há dados muito precisos sobre a prevalência da artrose, porém é estimado  que mais de 50 milhões de pessoas no mundo inteiro têm essa doença e que ela afeta principalmente as mulheres.

Um ponto que merece destaque sobre a artrose é que, no passado, acreditava-se que essa era uma doença progressiva natural do processo de envelhecimento, de evolução lenta e sem perspectivas de tratamento. Felizmente, o cenário hoje é bem diferente do de antigamente. Atualmente sabe-se que é possível modificar o curso evolutivo da doença em relação ao seu prognóstico bem como em relação ao alívio imediato dos sintomas.

Tipos de artrose

A artrose pode ser dividida em dois tipos, primária e secundária. Saiba mais:

Artrose primária

Está relacionada essencialmente ao envelhecimento. No envelhecimento, a proteína que mantém a cartilagem é enfraquecida, portanto, a capacidade das articulações de absorver impacto e permitir movimentos é pouco a pouco perdida no decorrer da idade.

Artrose secundária

Está associada a condições, como distúrbios hormonais, sobrecarga mecânica (comum em pessoas com sobrepeso ou obesidade), trauma repetitivo (causados por exercícios físicos, por exemplo) ou malformação congênita.

Pode-se subdividir a artrose secundária ainda pela articulação afetada. As articulações mais acometidas pela artrose são:

  • mãos;
  • coluna cervical;
  • joelhos;
  • quadril;
  • articulação coxofemoral (do fêmur com à bacia);
  • pés (joanete).

As causas da artrose

A cartilagem é um tecido firme e escorregadio que permite o movimento das articulações sem causar a fricção entre os ossos. Na osteoartrite, há a insuficiência da cartilagem como resultado do desgaste dessa proteção que reveste os ossos. A causa da artrose pode ser multifatorial, uma vez que tudo que sobrecarrega as articulações pode levar a degeneração da cartilagem. Sendo assim, é possível identificar 6 fatores que contribuem para o desenvolvimento da osteoartrite:

Idade

O risco de artrose aumenta com a idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, por volta dos 75 anos de idade, 85% das pessoas têm evidência radiológica ou clínica da doença. 

Obesidade

Carregar um peso corporal extra por muitos anos adiciona estresse às articulações que sustentam o corpo. As mais prejudicadas são as articulações dos joelhos e do quadril.  Vale ressaltar que a obesidade não é causa da osteoartrite, porém, indivíduos mais pesados possuem um risco aumentado de ter a doença, especialmente na sua forma mais grave.

Lesões articulares 

Como as que podem ocorrer durante a prática de esportes ou acidentes. 

Tensões frequentes nas juntas 

Pessoas que fazem esforço físico com carga excessiva, como descer e subir escadas carregando peso nas costas, podem desenvolver artrose mais cedo. Atletas de alto rendimento, como jogadores de futebol, também possuem mais risco de osteoartrite, especialmente nos joelhos. 

Genética e deformidades ósseas 

Algumas pessoas herdam a tendência de desenvolver artrose ou já nascem com cartilagem defeituosa ou malformada.

Certas doenças metabólicas 

A diabetes é uma doença metabólica que pode contribuir para o desenvolvimento da osteoartrite.

Sintomas da artrose

Não é incomum encontrar pessoas que possuem diagnóstico da doença, mas que não sentem qualquer sintoma. No entanto, naquelas em que os sintomas ocorrem, a dor nas articulações é o principal sinal, seguido de atrofia muscular, rigidez articular e diminuição da amplitude de movimento. Normalmente, a dor está conectada com alguma atividade física em específico, como o simples ato de caminhar, sentar e levantar da cadeira, subir ou descer escadas, entre outras.

Além da dor (que em muitos casos é intensa), observa-se também um inchaço nas juntas, decorrente da inflamação, ouve-se estalos durante a execução de certos movimentos e nota-se, em alguns casos, um desvio do eixo dos ossos. Infelizmente, a osteoartrite é uma doença degenerativa que piora com o tempo e que frequentemente resulta em dor crônica quando nenhuma intervenção terapêutica é realizada. 

Como é feito o diagnóstico da artrose?

O diagnóstico da artrose é clínico, mas pode ser reforçado por exames de imagens e exames laboratoriais. Através de uma consulta clínica, geralmente com um reumatologista, o médico vai investigar toda a história clínica do paciente, questionando principalmente sobre as dores que ele sente, doenças familiares, entre outras informações. Na consulta, haverá também o exame físico, em que o médico verifica se há sensibilidade nas articulações, inchaço, vermelhidão ou flexibilidade comprometida. 

Outra forma de confirmar o diagnóstico da artrose é através de exames de imagens, como raio X e ressonância magnética, que geralmente são solicitados pelo médico na consulta clínica. Ambos ajudam o médico a obter mais informações sobre o real estado das articulações e, assim, dar o diagnóstico adequado.

Os exames laboratoriais também auxiliam no diagnóstico da osteoartrite, como o exame de sangue e a análise do fluido articular. Nesse caso, o exame de sangue serve somente para descartar outras causas de dor nas articulações, como é o caso da artrite reumatoide. 

4 tratamentos para artrose

Como na maioria das doenças crônicas, a osteoartrite não tem cura, Portanto, o objetivo do tratamento para artrose é amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de quem tem a doença. Vale ressaltar que os tratamentos disponíveis atualmente têm um grande potencial para amenizar a dor e ajudar os pacientes a se movimentarem melhor. 

1. Tratamento medicamentoso

A medicação pode ajudar bastante, principalmente aliviando a dor. Entretanto, o tratamento medicamentoso, de forma isolada, não é o suficiente para controlar a doença de maneira ideal. O melhor tratamento para artrose terá uma abordagem multifatorial. Entre os principais medicamentos indicados para a osteoartrite estão os analgésicos e os anti-inflamatórios. É fundamental avaliar junto com o médico os potenciais efeitos colaterais dessas medicações no longo prazo.

2. Fisioterapia 

A fisioterapia é um recurso poderosíssimo e muito eficiente no tratamento da artrose. Através dela, é possível agir nos principais sintomas físicos incapacitantes da doença fortalecendo a musculatura, aumentando o condicionamento físico, melhorando a flexibilidade e a mobilidade. A termoterapia ou a eletroterapia analgésica também são tratamentos coadjuvantes que atuam na dor e que podem ser aplicados por fisioterapeutas.

3. Cirurgia

A cirurgia é indicada, geralmente, em casos graves da doença, em que há o comprometimento da independência do indivíduo nas atividades diárias. O insucesso dos demais tratamentos também podem justificar um procedimento cirúrgico. Entre os procedimentos mais comuns estão a artroplastia (colocação de prótese), a osteotomia (cortes nas extremidades de ossos deformados) e o desbridamento artroscópico (descompressão).

4. Alimentos para artrose

Agora sim, vamos descobrir quais alimentos e nutrientes podem auxiliar no tratamento e alívio dos sintomas da osteoartrite! Primeiro, é importante ressaltar que uma alimentação equilibrada irá auxiliar tanto na prevenção quanto no tratamento da artrose pela simples manutenção de um peso saudável. Como falamos anteriormente, o excesso de peso sobrecarrega as articulações, facilitando o desenvolvimento da artrose.

Em segundo lugar, é fundamental a manutenção da saúde óssea e muscular. Essa manutenção se dá, especialmente, através da ingestão de nutrientes específicos pela dieta.

Outro ponto fundamental, é o controle da inflamação sinovial, que é um dos principais fatores da fisiopatologia da artrose e está intimamente associada à progressão da doença. Dito isso, há diversos nutrientes que podem atuar prevenindo e diminuindo a inflamação. 

Saiba mais sobre os nutrientes, outros compostos e substâncias para artrose

Antioxidantes (Vitaminas A, C e E)

Essas vitaminas, juntamente com os carotenoides, são excelentes antioxidantes que atuam protegendo as células de danos por radicais livres. De acordo com um estudo, esses nutrientes demonstram um efeito benéfico na saúde das articulações e podem ter o potencial para reduzir o risco de progressão da osteoartrite. As concentrações sanguíneas dessas vitaminas são determinadas pela ingestão alimentar, portanto, é importante atentar-se ao consumo de couve, cenoura, sementes, pimentão, nozes e frutas cítricas, como a laranja moro.

Ácido hialurônico

Já é bem conhecido que o ácido hialurônico contribui para fisiologia e patologia do líquido sinovial. São as propriedades desse ácido que o tornam muito adequados para lubrificar as cartilagens. Um estudo constatou que a administração via oral, bem como a injeção de ácido hialurônico, proporcionou efeitos terapêuticos benéficos em pacientes com osteoartrite. Os 60 participantes desse estudo tinham entre 40 e 70 anos e apresentaram melhora nos sintomas após 3 meses de tratamento com ácido hialurônico.

Astaxantina

Conhecida como “carotenoide marinho”, a astaxantina está presente em diversos frutos do mar, como salmão, camarão, truta e lagosta. A astaxantina tem efeitos antioxidantes 100 vezes mais potentes do que o β-caroteno – e é por esta razão que ela tem o potencial de oferecer efeitos promissores para a saúde humana. Essa substância tem sido estudada para aplicação em várias doenças degenerativas, incluindo a osteoartrite. De acordo com uma pesquisa publicada em 2019, a astaxantina promoveu um efeito anti-artrítico através da inibição da inflamação, estresse oxidativo, e apoptose em condrócitos (células responsáveis pela manutenção da matriz e pelo controle metabólico da cartilagem).

Vitamina D

A vitamina D é essencial para a saúde de ossos e cartilagens, portanto, ela não poderia deixar de estar aqui! Além de auxiliar na formação de ossos e no funcionamento muscular, um estudo com idosos acometidos pela osteoartrite demonstrou que a suplementação de vitamina D melhorou a força, o desempenho físico, além de ter reduzido o dano à proteína oxidativa. Esse efeito diminuiu a dor e melhorou a qualidade de vida dos idosos.

Curcumina

A curcumina, que é a substância ativa da cúrcuma, possui excelentes atributos antioxidantes. As propriedades da curcumina e seu papel potencial na terapia de várias doenças crônicas, incluindo artrite, câncer e distúrbios neuronais estão sendo cada vez mais exploradas pela medicina. Há algumas evidências animadoras sobre os benefícios de suplementos antioxidantes, incluindo a curcumina, no alívio da dor e na função da osteoartrite do joelho.

Metilsulfonilmetano (MSM)

Suplemento dietético de uso crescente que, em combinação com outros nutrientes, demonstra efeitos benéficos para a osteoartrite e demais doenças reumáticas. Um estudo clínico avaliou o impacto da suplementação de 6 g de MSM na dor causada por osteoartrite durante 12 semanas. Os resultados evidenciaram que o consumo de MSM não só diminuiu a dor, como também melhorou a função física durante essa curta intervenção, sem efeitos adversos relevantes.

Dieta mediterrânea

Um outro estudo comparou a ligação entre os padrões alimentares ocidentais e os padrões alimentares do mediterrâneo com a osteoartrite. Uma alimentação rica em frituras, carnes processadas e açúcar foi associada ao aumento da inflamação sinovial. Por outro lado, o padrão alimentar do mediterrâneo, que é rico em frutas, vegetais, peixes, grãos integrais e gorduras monoinsaturadas, demonstrou diminuir os marcadores inflamatórios da doença.

Gostou?

Agora que você já conhece melhor sobre a artrose e principalmente os nutrientes que podem auxiliar na prevenção e no tratamento dos sintomas. Que tal incluir esses cuidados no seu dia a dia? Afinal, a osteoartrite é uma doença que não tem cura mas pode ser tratada.

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Referências

Conteúdo escrito por Rafaela Galvão, publicitária pela ESPM-SUL e estudante do 6˚ semestre de nutrição na Unisul. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para área da saúde desde 2016.

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