Conheça os perigos da falta de vitamina D

Conheça os perigos da falta de vitamina D

Praticamente, metade da população mundial tem deficiência de vitamina D – e isso é extremamente preocupante. As consequências dessa carência vitamínica podem ir muito além de uma simples queda na imunidade ou da sensação de fadiga muscular. A ciência descobriu nos últimos anos que a falta de vitamina D está envolvida no desenvolvimento das principais doenças crônicas da atualidade, como câncer, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Por isso, a deficiência de vitamina D pode colocar a saúde em risco! Conheça, a seguir, os principais perigos da falta de vitamina D.

Índice

  • Funções da vitamina D no organismo
  • Quando a vitamina D é considerada baixa?
  • O que a falta de vitamina D pode provocar?
  • Qual a melhor forma de repor a vitamina D?

Funções da vitamina D no organismo

A vitamina D possui múltiplas funções como um nutriente, além de atuar também como um pró-hormônio que interage diretamente na regulação e liberação de hormônios da paratireóide. O receptor dessa vitamina está expresso em diversos órgãos e células do corpo, por isso, a função da vitamina D vai muito além de apenas viabilizar a absorção do cálcio e do fósforo no intestino. 

As funções da vitamina D podem ser dividida em duas categorias:

  • a função clássica que compreende o metabolismo do cálcio e do fósforo; 
  • a função não clássica ou alternativa que compreende a modulação da função imune, inflamação, anti-oxidação, proliferação e diferenciação celular.

Por isso, as atividades da vitamina D estão intimamente relacionadas ao desenvolvimento de diversas condições crônicas, doenças autoimunes, distúrbios metabólicos e doenças infecciosas.

Quando a vitamina D é considerada baixa?

Embora existam diferentes métodos e critérios para definir os níveis mais adequados de vitamina D, o mais amplamente utilizado é da Endocrine Society que considera o seguinte:

  • a deficiência é classificada quando o nível de 25(OH)D no sangue for menor ou igual a 20 ng/ml (50 nmol/L); 
  • a insuficiência é apontada se o nível de D estiver entre 21 a 29 ng/ml;
  • a suficiência é classificada se o nível de 25(OH)D for maior ou igual a 30 ng/ml.

Com base nesses critérios, a deficiência de vitamina D em adultos foi identificada tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Estudos epidemiológicos estimam que cerca de um bilhão de pessoas no mundo tenham deficiência dessa vitamina. Esses dados são preocupantes, uma vez que a vitamina D baixa pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças que serão apresentadas no próximo tópico.

O que a falta de vitamina D pode provocar?

Muito além dos sintomas comuns da carência dessa vitamina, como resfriados frequentes e fadiga muscular, estudos revelam que a deficiência de vitamina D está intimamente associada a doenças crônicas, como distúrbios metabólicos ósseos, tumores, doenças cardiovasculares e diabetes. Além disso, o baixo status dessa vitamina também é um fator de risco para distúrbios neuropsiquiátricos e doenças autoimunes.

Entre os principais perigos da falta de vitamina D estão doenças importantes, como:

➜ Câncer

A falta de vitamina D pode ser um fator chave no desenvolvimento de vários tipos de câncer. Estudos revelam que níveis de vitamina D abaixo de 20 ng/ml estão associados a um aumento de 30 a 50% do risco de câncer de cólon, próstata e mama, juntamente com maior mortalidade por esses cânceres. 

Um outro estudo que avaliou a relação do câncer com o status de vitamina D em mulheres na pós menopausa, encontrou que as mulheres que aumentaram sua ingestão de vitamina D3 reduziram seu risco relativo de câncer em 60 a 77%. Esse achado demonstra que melhorar os níveis dessa vitamina pode reduzir substancialmente o risco de câncer em mulheres na pós-menopausa.

➜ Doenças cardiovasculares

A função da vitamina D no sistema cardiovascular é observada pela presença de seus receptores no coração e também em todo sistema cardiovascular. A patogênese da doença cardiovascular crônica é influenciada por diversos fatores, como colesterol alto, tabagismo, obesidade, hipertensão, diabetes, etc. Nesse cenário, estudos clínicos constataram que baixos níveis séricos de vitamina D também estão intimamente relacionados à ocorrência de doenças cardiovasculares. Sendo assim, esse tipo de doença representa um dos perigos da falta de vitamina D.

➜ Doenças respiratórias

A influência da vitamina D na saúde respiratória foi intensamente investigada durante a pandemia da COVID-19. Isso porque, o baixo status dessa vitamina foi encontrado na maioria dos pacientes que desenvolveram a forma grave da doença. De fato, estudos verificaram que a vitamina D é capaz de inibir respostas inflamatórias pulmonares enquanto melhora os mecanismos de defesa inatos contra patógenos respiratórios. Além disso, há uma quantidade considerável de evidências que mostram que a vitamina D baixa é um fator associado a várias doenças pulmonares crônicas.

➜ Diabetes

Conforme estudos, a deficiência de vitamina D está relacionada ao desenvolvimento de diabetes, pois foi observado que indivíduos com baixos níveis de 25OHD têm maior resistência à insulina e risco de diabetes tipo 2. Ao mesmo tempo, estudos que avaliaram as propriedades imunomoduladoras dessa vitamina indicam que ela pode desempenhar um papel terapêutico na prevenção do diabetes mellitus.

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➜ Doenças autoimunes

Um dos perigos da falta de vitamina D é o desenvolvimento de doenças autoimunes. Está bem estabelecido em estudos que um dos papéis dessa vitamina é regular a função imunológica e inibir reações inflamatórias e o surgimento de doenças autoimunes, como Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), artrite reumatoide, síndrome de Sjögren, Diabetes tipo 1, esclerose múltipla, etc. Inclusive, a deficiência de vitamina D é comumente observada em pacientes que possuem alguma doença autoimune. 

➜ Distúrbios neuropsiquiátricos

Receptores de vitamina D estão presentes em várias partes do cérebro, sugerindo que essa vitamina está envolvida no desenvolvimento e função cerebral. De fato, estudos mostram que a deficiência de vitamina D está associada a distúrbios neuropsiquiátricos, como esquizofrenia, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, depressão e declínio cognitivo. Por outro lado, a vitamina D pode proteger o cérebro, principalmente por meio de seus efeitos antioxidantes, prevenindo doenças como a depressão. Nesse contexto, um estudo verificou que altos níveis de ingestão de vitamina D podem reduzir significativamente o risco de depressão.

➜ Osteoporose

Um dos maiores perigos da falta de vitamina D é a osteoporose. Isso se deve a uma das principais funções da vitamina D no organismo, que é permitir a absorção do cálcio e do fósforo no intestino. Ambos têm uma influência direta na saúde óssea e, portanto, os níveis dessa vitamina estão diretamente relacionados à densidade mineral óssea e à renovação óssea. 

Dito isso, segundo estudos, uma das consequências da deficiência de vitamina D é a perda progressiva de massa óssea que pode levar à osteoporose, defeitos de mineralização e fraturas. Diante disso, numerosas pesquisas científicas já mostraram que a suplementação com vitamina D e cálcio podem diminuir significativamente a incidência de fraturas decorrentes da osteoporose.

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➜ Obesidade

Muitas pessoas acreditam que a falta de vitamina D engorda – e isso se deve a alta prevalência de deficiência dessa vitamina em pessoas com obesidade. Entretanto, a relação do baixo status de vitamina D com a obesidade não se reduz ao simples ganho de gordura, a relação é mais complexa do que isso. 

Estudos esclarecem que a vitamina D baixa em pessoas com obesidade provavelmente se deve à diluição volumétrica dessa vitamina no soro, fígado e músculo que, em pessoas obesas, estão aumentadas. Em outras palavras, a vitamina D é distribuída em um volume maior, diminuindo as suas concentrações séricas. Entretanto, a baixa vitamina D ainda não pode ser excluída como uma das causas da obesidade devido aos seus efeitos ainda pouco explorados na fisiopatologia dessa doença. 

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Qual a melhor forma de repor a vitamina D?

Saber como aumentar a vitamina D no organismo pode ser bem importante para evitar os possíveis perigos da falta de vitamina D. Nesse sentido, há três formas para repor e/ou aumentar os níveis dessa vitamina no corpo:

Pegar um pouco de Sol todos os dias permite que o corpo sintetize vitamina D através do contato da radiação solar com a pele. Entretanto, é preciso ter alguns cuidados para que essa síntese seja segura e eficiente como, por exemplo, tomar Sol sem filtro solar em áreas “maiores” do corpo (como costas, pernas ou braços) por, pelo menos, 10 minutos todos os dias. Estudos reforçam que não é necessário bronzear ou queimar a pele para que a produção de vitamina D aconteça.

Uma outra maneira de repor a vitamina D é incluindo mais alimentos fonte dessa vitamina no dia a dia. Os principais alimentos com vitamina D são os peixes, ovos, cogumelos e queijos processados. No entanto, é importante saber que, apesar dos alimentos serem ótimos aliados para incrementar os níveis dessa vitamina no organismo, eles não devem ser a única forma de aumentar o status dessa vitamina, especialmente em casos de deficiência de vitamina D já estabelecida.

Atualmente os suplementos de vitamina D3 2000ui demonstram ser a forma mais prática, segura e certeira para repor e aumentar os níveis de vitamina D. O principal motivo para isso é que, por meio dos suplementos, é possível ter um controle mais preciso da quantidade diária que o corpo está recebendo dessa vitamina. Além disso, os suplementos podem poupar a pele dos danos que os raios solares podem provocar caso a exposição seja realizada de modo prejudicial. 

Somente um médico ou nutricionista poderá indicar qual a melhor forma de repor a vitamina D, pois essa escolha depende de diversos fatores individuais, como cor da pele, níveis séricos de vitamina D do paciente, estilo de vida, etc.

É essencial conhecer os perigos da falta de vitamina D para poder se prevenir. Você sabe como estão os seus níveis de vitamina D atualmente? 

Referências

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