Degeneração macular: o que é, tratamento e cura

Degeneração macular: o que é, tratamento e cura

A degeneração macular é uma doença que atinge os olhos, podendo levar à perda total da visão. Atualmente, é a 3ª causa de cegueira mundial, depois da catarata e do glaucoma. A retinopatia diabética é a 4ª causa de cegueira. Essas informações só reafirmam a necessidade de falarmos sobre o assunto, concorda?

Continue lendo para ficar por dentro de todas as informações sobre essa patologia. 
Índice
  • O que é degeneração macular relacionada à idade?
  • Tipos de degeneração macular
  • Fatores de risco
  • Causas
  • Sintomas
  • Tratamentos para DMRI
  • Luteína e zeaxantina para DMRI
  • A degeneração macular tem cura?
  • Ações que ajudam a prevenir a degeneração macular

O que é a degeneração macular relacionada à idade?

Este distúrbio ocular, a DMRI, é crônico e degenerativo, ou seja, vai aumentando e piorando com o tempo, lentamente ou não. É a principal causa de cegueira permanente em idosos, sendo muito comum e irreversível. 

A DMRI atinge a área dos olhos chamada de mácula, que fica atrás da retina posterior. A mácula é responsável por enviar até 90% dos sinais visuais ao cérebro, como das cores, formatos e dimensões tridimensionais. Essa região é muito vascularizada, ou seja, cheia de vasos sanguíneos, com a coloração amarelada, já que tem a presença de luteína e zeaxantina. Você já conhece esses carotenoides? Eles são essenciais para a saúde dos olhos – e mais a frente iremos explicar sobre – mas antes disso, é preciso que você entenda como inicia a DMRI.

O início da DMRI é caracterizado pelo aparecimento de drusas, que são pequenas moléculas de lipídios, e/ou alterações no epitélio pigmentar da retina, que fica na região macular. O epitélio pigmentar da retina é onde armazenamos o DHA, um tipo de ômega 3 que também é essencial para a saúde dos olhos.

Essas características podem aparecer só nos exames oftalmológicos de rotina – e esse é mais um dos motivos para estar sempre com o check up médico em dia.

Tipos de degeneração macular

A DMRI se apresenta em duas formas distintas: a forma seca e a forma úmida. Saiba mais sobre as diferenças logo abaixo:

Degeneração macular seca

A DMRI seca representa 90% dos casos da degeneração macular. 15% das DMRIs secas podem evoluir para DMRIs úmidas. 

As principais características da DMRI seca são:

  • evolução lenta; 
  • drusas duras; 
  • possibilidade de perda significativa ou total da visão; 
  • evoluir para a DMRI úmida.

Degeneração macular úmida

A DMRI úmida é menos comum, tendo, em média, 10% de degeneração macular. Ela é responsável pela perda mais severa e rápida da visão, chegando a atingir cerca de 80% das cegueiras por degeneração macular relacionada à idade. 

As principais características da DMRI úmida são:

  • evolução rápida;
  • maior chance de perder a visão;
  • drusas moles.

Fatores de risco

A DMRI é multifatorial, assim como a maioria das doenças crônicas. Estudos mostram que fatores genéticos podem ser relevantes, mas que o comportamento e hábitos diários podem ter uma influência mais determinante no risco de desenvolver essa patologia. Os 10 principais fatores de risco:

  1. tabagismo;
  2. idade maior que 50 anos;
  3. carência nutricional (carotenoides, ômega e zinco); 
  4. obesidade ou sobrepeso;
  5. hipertensão;
  6. doenças cardiovasculares;
  7. hipercolesterolemia;
  8. exposição à luz violeta azul;
  9. exposição à luz solar (UVA);  
  10. histórico familiar.

Causas

Os estudos relatam que, possivelmente, acontecem falhas no epitélio pigmentar da retina em remover os resíduos da renovação celular, acumulando assim, lipídios na região. 

É considerado que a luz violeta azul e a radiação solar vão danificando a retina, comprometendo as células, aumentando a sua renovação e, consequentemente, elevando o resíduo celular.

Sintomas

A DMRI pode ser assintomática no início, isto é, não apresentar nenhum sintoma. Por isso, o melhor é fazer exames oftalmológicos para que o médico observe se você está apresentando algum sinal antes de ocorrer piora.

Os principais sintomas de DMRI são:

  • perda gradual da visão central; 
  • alteração na retina (teste feito na tela de amsler); 
  • visão borrada ou opaca;
  • cores desbotadas; 
  • necessidade de mais luz para ler;
  • dificuldade para enxergar em ambientes com baixa luz.

Tratamentos para DMRI

O tratamento vai depender do tipo e da gravidade da degeneração macular, os principais tratamentos são:

  • medicamento;
  • procedimento a laser;
  • suplementação nutricional; 
  • acessórios de adaptação para a perda da visão, como óculos, lentes, software e inteligência artificial.

Luteína e zeaxantina para DMRI

A luteína e a zeaxantina são os únicos carotenoides encontrados na mácula humana, conhecidas como as “melhores vitaminas para os olhos“. Nós precisamos consumir esses compostos bioativos, pois não conseguimos produzi-los de maneira endógena. Em comparação com outros carotenoides, como, por exemplo, o betacaroteno, a luteína e a zeaxantina são as mais apropriadas para os casos de DMRI.

A luteína e a zeaxantina estão presentes em vegetais com folhas verdes, na gema de ovo, no milho e na abóbora. É relatado em estudos que a luteína e a zeaxantina podem proteger a visão como um todo, já que atuam como antioxidantes e filtram a luz azul. Quanto maior for a dosagem de luteína, maior será o seu efeito de proteção. Que ótimo, não é mesmo?

Apesar de serem encontradas em alimentos consumidos diariamente pela população, estudos mostram que, para termos os benefícios terapêuticos na DMRI e aumentarmos a saúde dos olhos, a suplementação é a forma de consumo de luteína e zeaxantina mais indicada. 

Atualmente, ainda não há recomendações sobre a quantidade exata que deve ser tomada em cada caso, mas que, a partir de 12 mg, já pode haver melhoras na visão. 

A degeneração macular tem cura?

Agora você já sabe que a DMRI é a principal causa de cegueira, não é mesmo? É importante que saiba também que ela é a única dentre as 4  principais que os tratamentos apenas controlam a progressão, ou seja, ainda não existe cura. 

Em caso de diagnóstico, é essencial seguir o tratamento recomendado pelo médico, pois assim é possível manter ou melhorar a qualidade de vida de quem sofre com DMRI.

Mesmo que você  não apresente sinais e nem sintomas de degeneração macular, pode atuar na prevenção desde já!

Ações que ajudam a prevenir a degeneração macular

  • controle do peso;
  • dieta equilibrada;
  • manter o colesterol no limite adequado;
  • não fumar;
  • usar óculos com proteção da luz azul e UVA.

Foi bom saber mais sobre a degeneração macular?

Caso ainda tenha dúvidas ou recebeu a orientação de seu médico ou nutricionista sobre a necessidade de suplementar, leia também o nosso blogpost sobre a suplementação de luteína e zeaxantina.

Referências

Conteúdo escrito por Vitória C. Diehl, cozinheira chef pela Univali e estudante do 7˚ semestre de nutrição na Unopar. Atua na área de gastronomia desde 2012 e produção de conteúdo para área da saúde desde 2021.

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