A nutrição esportiva e alimentação são uma verdadeira caixinha de surpresas. Afinal, é por meio delas que muitos atletas profissionais, bem como amadores, conseguem alcançar suas metas com o corpo e performance nos exercícios. Há uma verdadeira mística em torno deste assunto que faz muitas pessoas acreditarem e seguirem à risca algumas ideias sobre alimentação para obterem resultados milagrosos.
Para entender melhor e não cair mais em “falsas promessas”, preparamos este artigo para mostrar 10 mitos sobre o assunto. Confira!
Durante muito tempo, o açúcar foi visto como o grande vilão da nutrição esportiva e alimentação saudável. Porém, a glicose, é o principal substrato energético do corpo humano.
Portanto, um corredor que ingere o elemento antes de sua corrida tem o açúcar como fonte de energia. Ou seja, tirá-lo antes das provas de longa duração, por exemplo, é um grande erro!
Sem a ingestão do açúcar, os estoques de glicogênio serão esgotados e o corredor, por sua vez, pode entrar em um possível quadro de hipoglicemia — o que resultaria em um desmaio seguido de queda e, consequentemente, lesão.
Você já ouviu dizer que os atletas devem consumir cerca de 70% de carboidrato em sua dieta? Isso é verdade, porém, em partes.
Atletas, no geral, possuem gastos consideráveis de energia. Porém, um metabolismo é diferente do outro. Cada esportista é único e sua dieta deve ser prescrita de maneira totalmente individual, respeitando suas necessidades e gastos calóricos.
Ingerir carboidratos antes de qualquer atividade física é importante, mas nem sempre a sobrecarga é necessária. Geralmente, em corridas com cerca de 90 minutos de duração, pode haver a dispensa do elemento.
Nesse tipo de atividade o organismo, quando bem treinado, é capaz de se suportar sem carboidratos tranquilamente. No entanto, a sua não ingestão pode levar à queda da glicemia, comprometendo o aporte de energia aos neurônios.
Isso pode levar a disfunções neuromotoras, resultando em fraqueza, sonolência, desmaios, dificuldades de contração muscular, perda de força e câimbras.
Esse comprometimento ocorre já que o cérebro é o único órgão do corpo humano que “aceita” somente glicose como substrato energético.
A sede é um sinal clássico de que o corpo está necessitando de água, ou seja, está em processo de desidratação. Porém, o que se discute, nesse ponto, é a quantidade de água ingerida.
Poucos sabem, mas água em excesso pode levar a hiponatremia, uma alteração no balanço eletrolítico que diminui drasticamente os níveis de sódio do organismo. Se ele não for reposto de maneira rápida e adequada, a pessoa pode até morrer.
Por isso, beba o líquido sempre que sentir sede e nunca ingira-o em excesso. Se você não sabe o quanto o seu corpo precisa ao dia, faça essa continha básica:
35 ml de água para a quantidade de kg (peso corporal). Será necessário multiplicar seu peso em kg por 35 ml para obter o resultado. Por exemplo: 50 kg x 35 ml = 1.750 ml ou 1,75 litros.
As câimbras possuem uma série de fatores que levam ao seu aparecimento, e a principal causa delas é o esforço físico em excesso.
As pessoas que sentem câimbras, normalmente, são aquelas que exageraram na prática ou possuem uma predisposição natural para o desenvolvimento desse tipo de problema físico que está, muitas vezes, ligado à nutrição. A falta de alimentos que contenham potássio, como a banana, é uma dessas causas.
De maneira geral, bebidas isotônicas são, muitas vezes, compostas por água, carboidratos, sódio e potássio.
Porém, algumas marcas colocam uma quantidade muito maior de carboidratos, sem necessidade. O ideal é que a concentração desse elemento fique entre 6 e 8% da composição.
Além disso, não é difícil encontrar aminoácidos nessas bebidas. Portanto, antes de adquirir, leia o rótulo e, se preferir, procure por um nutricionista antes de incluir esse tipo de líquido na sua dieta e rotina de treinos.
A gordura é um substrato energético e fornece energia quando os estoques de glicogênio chegam ao fim. Porém, é necessário saber que tipo de gordura ingerir, e também a quantidade certa, na nutrição esportiva e alimentação.
Deve-se dar preferência para as que são polisaturadas, e evitar o consumo das que são saturadas e trans.
É comum pensar que os atletas são indivíduos que gastam enormes quantidades de calorias e que vez ou outra podem “escorregar” na dieta, comendo um pouco mais pelo simples fato de gastarem mais. Porém, isso não é verdade!
Alimentos que não são considerados saudáveis também trazem malefícios à saúde e boa forma de atletas/esportistas.
Muitas pessoas pensam que corredores precisam se alimentar, basicamente, apenas de carboidratos, pelo fato de gastarem grandes quantidades de energia. Na verdade, não é bem assim.
Eles precisam de doses corretas de proteína e gordura para que o organismo desempenhe funções básicas, como secreção de hormônios e/ou realize a recuperação de tecidos lesados, como musculatura.
Esse é um dos maiores mitos já criados. A começar pelo nome suplemento alimentar – ou seja – algo que é utilizado como suplemento visa suplementar o que não foi alcançado apenas com a alimentação. O uso indiscriminado de suplementos cresce a cada dia.
Atualmente é possível encontrar esse item com diversos alimentos em sua composição, como base de creatina, proteína, carboidrato, aminoácidos, cafeína e muitos outros componentes. A desvantagem desses suplementos é o fato de que muitos são criados artificialmente e apresentam substâncias químicas em elevada concentração, o que pode resultar em sobredosagem caso o uso não seja acompanhado por um profissional de saúde.
Porém, infelizmente, poucas pessoas sabem que uma dieta equilibrada e balanceada com alimentos naturais é o suficiente para manter os níveis de energia do esportista em dia. Se quiser complementar a sua alimentação com suplementos, a melhor opção sempre são os naturais.
A melhor maneira de ter energia a disposição para praticar atividades físicas é procurar por alimentos naturais de qualidade. Para chegar em uma alimentação completa e natural, de forma eficaz, atletas usualmente incluem superalimentos em suas dietas. Um exemplo são as microalgas, como Spirulina e Chlorella.
Essas microalgas são chamadas de superalimentos pois possuem altos índices de nutrientes, entre eles, proteínas, vitaminas e minerais, além de antioxidantes e aminoácidos.
Encontre mais informações sobre esses superalimentos e seus benefícios no site da Ocean Drop! Se você é um esportista e busca uma alimentação mais saudável e de alta qualidade, converse com seu nutricionista sobre a inclusão das superalgas em sua alimentação. Seu rendimento esportivo será potencializado! 🙂
Conteúdo escrito por Murilo Camano. Formado em Biomedicina pela Uniararas e com especialização em Nutrição Esportiva pela UNIMEP. Fascinado pelo universo da alimentação e interação dos alimentos com o organismo.
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