10 mitos sobre nutrição esportiva e alimentação

nutrição esportiva e alimentação: capa

A nutrição esportiva e alimentação são uma verdadeira caixinha de surpresas. Afinal, é por meio delas que muitos atletas profissionais, bem como amadores, conseguem alcançar suas metas com o corpo e performance nos exercícios. Há uma verdadeira mística em torno deste assunto que faz muitas pessoas acreditarem e seguirem à risca algumas ideias sobre alimentação para obterem resultados milagrosos.

Para entender melhor e não cair mais em “falsas promessas”, preparamos este artigo para mostrar 10 mitos sobre o assunto. Confira!

10 mitos sobre nutrição esportiva e alimentação

1. Açúcar é proibido durante a corrida de longa duração

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Durante muito tempo, o açúcar foi visto como o grande vilão da nutrição esportiva e alimentação saudável. Porém, a glicose, é o principal substrato energético do corpo humano.

Portanto, um corredor que ingere o elemento antes de sua corrida tem o açúcar como fonte de energia. Ou seja, tirá-lo antes das provas de longa duração, por exemplo, é um grande erro!

Sem a ingestão do açúcar, os estoques de glicogênio serão esgotados e o corredor, por sua vez, pode entrar em um possível quadro de hipoglicemia — o que resultaria em um desmaio seguido de queda e, consequentemente, lesão.   

2. A mesma receita serve para todos os atletas

Você já ouviu dizer que os atletas devem consumir cerca de 70% de carboidrato em sua dieta? Isso é verdade, porém, em partes.

Atletas, no geral, possuem gastos consideráveis de energia. Porém, um metabolismo é diferente do outro. Cada esportista é único e sua dieta deve ser prescrita de maneira totalmente individual, respeitando suas necessidades e gastos calóricos.

3. É importante ingerir carboidratos antes de toda e qualquer corrida

Ingerir carboidratos antes de qualquer atividade física é importante, mas nem sempre a sobrecarga é necessária. Geralmente, em corridas com cerca de 90 minutos de duração, pode haver a dispensa do elemento. 

Nesse tipo de atividade o organismo, quando bem treinado, é capaz de se suportar sem carboidratos tranquilamente. No entanto, a sua não ingestão pode levar à queda da glicemia, comprometendo o aporte de energia aos neurônios.

Isso pode levar a disfunções neuromotoras, resultando em fraqueza, sonolência, desmaios, dificuldades de contração muscular, perda de força e câimbras. 

Esse comprometimento ocorre já que o cérebro é o único órgão do corpo humano que “aceita” somente glicose como substrato energético.

4. Beber água sem estar com sede

A sede é um sinal clássico de que o corpo está necessitando de água, ou seja, está em processo de desidratação. Porém, o que se discute, nesse ponto, é a quantidade de água ingerida.

Poucos sabem, mas água em excesso pode levar a hiponatremia, uma alteração no balanço eletrolítico que diminui drasticamente os níveis de sódio do organismo. Se ele não for reposto de maneira rápida e adequada, a pessoa pode até morrer. 

Por isso, beba o líquido sempre que sentir sede e nunca ingira-o em excesso. Se você não sabe o quanto o seu corpo precisa ao dia, faça essa continha básica:

35 ml de água para a quantidade de kg (peso corporal). Será necessário multiplicar seu peso em kg por 35 ml para obter o resultado. Por exemplo: 50 kg x 35 ml = 1.750 ml ou 1,75 litros.

5. Câimbras são resultados de desidratação

As câimbras possuem uma série de fatores que levam ao seu aparecimento, e a principal causa delas é o esforço físico em excesso.   

As pessoas que sentem câimbras, normalmente, são aquelas que exageraram na prática ou possuem uma predisposição natural para o desenvolvimento desse tipo de problema físico que está, muitas vezes, ligado à nutrição. A falta de alimentos que contenham potássio, como a banana, é uma dessas causas.

6. Bebidas isotônicas são todas iguais

De maneira geral, bebidas isotônicas são, muitas vezes, compostas por água, carboidratos, sódio e potássio.

Porém, algumas marcas colocam uma quantidade muito maior de carboidratos, sem necessidade. O ideal é que a concentração desse elemento fique entre 6 e 8% da composição. 

Além disso, não é difícil encontrar aminoácidos nessas bebidas. Portanto, antes de adquirir, leia o rótulo e, se preferir, procure por um nutricionista antes de incluir esse tipo de líquido na sua dieta e rotina de treinos.

7. Ingerir mais gordura melhora os treinos e poupa os músculos

A gordura é um substrato energético e fornece energia quando os estoques de glicogênio chegam ao fim. Porém, é necessário saber que tipo de gordura ingerir, e também a quantidade certa, na nutrição esportiva e alimentação.

Deve-se dar preferência para as que são polisaturadas, e evitar o consumo das que são saturadas e trans. 

8. Esportistas não precisam ter tanto cuidado com a alimentação como pessoas normais

É comum pensar que os atletas são indivíduos que gastam enormes quantidades de calorias e que vez ou outra podem “escorregar” na dieta, comendo um pouco mais pelo simples fato de gastarem mais. Porém, isso não é verdade! 

Alimentos que não são considerados saudáveis também trazem malefícios à saúde e boa forma de atletas/esportistas.  

9. A maioria dos corredores precisam ter uma alimentação quase que composta só por carboidratos

Muitas pessoas pensam que corredores precisam se alimentar, basicamente, apenas de carboidratos, pelo fato de gastarem grandes quantidades de energia. Na verdade, não é bem assim.

Eles precisam de doses corretas de proteína e gordura para que o organismo desempenhe funções básicas, como secreção de hormônios e/ou realize a recuperação de tecidos lesados, como musculatura.

10. Se não utilizar suplementos químicos o bom resultado não aparecerá

Esse é um dos maiores mitos já criados. A começar pelo nome suplemento alimentar – ou seja – algo que é utilizado como suplemento visa suplementar o que não foi alcançado apenas com a alimentação. O uso indiscriminado de suplementos cresce a cada dia. 

Atualmente é possível encontrar esse item com diversos alimentos em sua composição, como base de creatina, proteína, carboidrato, aminoácidos, cafeína e muitos outros componentes. A desvantagem desses suplementos é o fato de que muitos são criados artificialmente e apresentam substâncias químicas em elevada concentração, o que pode resultar em sobredosagem caso o uso não seja acompanhado por um profissional de saúde.

Porém, infelizmente, poucas pessoas sabem que uma dieta equilibrada e balanceada com alimentos naturais é o suficiente para manter os níveis de energia do esportista em dia. Se quiser complementar a sua alimentação com suplementos, a melhor opção sempre são os naturais.

Procure sempre por saúde

A melhor maneira de ter energia a disposição para praticar atividades físicas é procurar por alimentos naturais de qualidade. Para chegar em uma alimentação completa e natural, de forma eficaz, atletas usualmente incluem superalimentos em suas dietas. Um exemplo são as microalgas, como Spirulina e Chlorella. 

Essas microalgas são chamadas de superalimentos pois possuem altos índices de nutrientes, entre eles, proteínas, vitaminas e minerais,  além de antioxidantes e aminoácidos.

Encontre mais informações sobre esses superalimentos e seus benefícios no site da Ocean Drop! Se você é um esportista e busca uma alimentação mais saudável e de alta qualidade, converse com seu nutricionista sobre a inclusão das superalgas em sua alimentação. Seu rendimento esportivo será potencializado! 🙂

Conteúdo escrito por Murilo Camano. Formado em Biomedicina pela Uniararas e com especialização em Nutrição Esportiva pela UNIMEP. Fascinado pelo universo da alimentação e interação dos alimentos com o organismo.

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