Microalgas – é de comer? Saiba mais sobre os superalimentos!
Embora provavelmente você não tenha ouvido falar nada a respeito ou conheça muito pouco sobre o tema, as microalgas são uma importante fonte alimentar para diferentes povos há mais de dois mil anos.
Se você faz parte do grupo de pessoas que se preocupa com a qualidade nutricional dos alimentos que ingere e tem interesse por fontes naturais e sustentáveis de proteína, aminoácidos, minerais, vitaminas, óleos essenciais e antioxidantes, não deixe de ler este artigo!
O que são microalgas?
As microalgas são plantas microscópicas aquáticas e fotossintéticas, que transformam a luz e o dióxido de carbono presentes na atmosfera, além dos nutrientes presentes na água, em uma biomassa rica com diferentes moléculas, como proteínas, vitaminas e antioxidantes.
Assim como árvores, elas liberam oxigênio ao final do processo. Veja como acontece:
As microalgas foram um dos primeiros microrganismos a habitar o planeta e estão presentes há milhões de anos em nossos oceanos. Estima-se que existam cerca de 80 a 100 mil espécies espalhadas nos mais diferentes ambientes aquáticos do Mundo!
O processo evolutivo das microalgas em todo esse tempo resultou em espécies com características bastante diferentes umas das outras. Sendo assim, cada espécie possui uma composição diferenciada de biomoléculas!
Mas que moléculas? E qual o nosso interesse em relação a elas? Abordaremos agora o uso das microalgas na alimentação humana!
As microalgas como fonte de alimento
Existem muitos relatos apontando para o uso de microalgas por povos asiáticos, especialmente da China, há mais de dois mil anos.
Outros relatos apontam para o consumo de microalgas na região do México em todo o território Asteca, onde se usava uma malha de tecido para a colheita que posteriormente era seca ao sol. As plantas microscópicas recebiam o nome de “tecuitlat”.
Após a conquista do território asteca pelos espanhóis, o tecuitlat passou a ser consumido com milho e cereais na forma de um molho chamado “chimalli”, composto por tomate, pimenta e outros temperos.
Os espanhóis levaram esse alimento para a Índia, onde foi amplamente comercializado, consumido e difundido.
Também na África, as microalgas estão sendo usadas em diferentes povoados há mais de 1200 anos, onde elas eram filtradas dos lagos, secas e incorporadas a um tipo de farinha, tornando-se uma importante fonte alimentar.
Embora sejam conhecidas há bastante tempo, o interesse a respeito das microalgas só cresceu rapidamente a partir da metade do século passado por aqui, quando foram realizados os primeiros estudos sobre fontes alternativas de proteína para o século XXI.
Paralelamente, muitas pesquisas surgiram para caracterizar e identificar moléculas nas mais diferentes espécies de microalgas, que rapidamente se tornaram uma alternativa interessante para alimentação humana.
Foram descobertas espécies com grande quantidade e diversidade de nutrientes, destacando a microalga Chlorella, que apresenta em sua composição vitaminas e minerais, sendo a única a apresentar o Fator de Crescimento Chlorella e também uma das maiores fontes de clorofila do planeta.
Essa substância, no corpo humano, desempenha incríveis efeitos na desintoxicação e eliminação de impurezas, como toxinas, obtidas a partir da nossa rotina diária em contato com poluição, por exemplo, como relatou um estudo.
A partir da década de 80, surgiram as primeiras empresas produtoras de microalgas na Ásia, Índia, Estados Unidos, Israel e Austrália. Atualmente, estima-se que 200 espécies sejam utilizadas comercialmente no Mundo, não só para alimentação.
Hoje, as microalgas são fontes importantes de biomoléculas essenciais para o nosso organismo, e são consideradas superalimentos que podem ser empregados para:
- suplementação alimentar;
- enriquecimento de alimentos;
- pigmentação de alimentos;
- alimentos funcionais.
Na tabela abaixo você confere as principais microalgas disponíveis no Mundo para a alimentação humana:
Mesmo com tantas descobertas e indústrias atuando no setor globalmente, as microalgas ainda não são difundidas como uma fonte comum de alimentação, mesmo com os benefícios que seu consumo pode trazer ao organismo.
Benefícios no consumo das microalgas
Adicionar microalgas à alimentação pode auxiliar em diversos momentos de nosso cotidiano, auxiliando nossa saúde e dando mais energia e disposição. Conheça mais benefícios:
- renovação celular — microalgas costumam conter vitaminas B6 e B12, que auxiliam na renovação das células e tecidos do corpo;
- energia e foco — nutrientes presentes em algumas microalgas ajudam a manter as funções cerebrais e metabólicas em dia, evitando problemas de foco e a languidez por falta de energia;
- equilíbrio do sistema nervoso — as plantas marinhas podem conter tiamina, essencial para o funcionamento correto do sistema nervoso, permitindo maior equilíbrio emocional;
- controle da fome — a fenilalanina, um dos aminoácidos presentes em algumas espécies de microalgas, estimula a sensação de saciedade, fazendo com que você fique sem sentir fome por mais tempo;
- purificação — o potencial detox de algumas microalgas, como a Chlorella, ajuda a reduzir a concentração de impurezas e metais pesados no organismo, que são acumulados devido à má alimentação, por exemplo, principalmente nos rins e fígado;
- cabelo e pele mais saudáveis — tanto as vitaminas B2 e B3 quanto a biotina – vitamina B7- e o cobre são eficientes na manutenção da saúde do cabelo e da pele;
- combate ao envelhecimento — os antioxidantes presentes nas microalgas contribuem para promover a proteção das células, combatendo os sintomas da velhice e ajudando a evitar doenças como o câncer;
- proteção ao fígado — as vitaminas do complexo B e alguns minerais como o zinco, manganês, ferro, cobre e selênio ajudam a proteger o fígado de inflamações e reduzir o acúmulo de triglicerídeos;
- imunidade — ácido fólico, vitamina B12 e ferro auxiliam na manutenção do metabolismo, mantendo o seu corpo saudável e resistente.
- saúde do coração — os ômegas presentes nas microalgas ajudam a manter o coração saudável;
- diabetes e hipertensão — o consumo de microalgas pode auxiliar no controle dos níveis de açúcar no sangue e também a regular a pressão sanguínea.
Além de uma excelente fonte alimentar, as microalgas são ainda uma alternativa interessante para as pessoas que se preocupam com a origem dos alimentos, principalmente quanto à qualidade e à forma de interação com o meio ambiente.
As microalgas possuem níveis de produtividade muito superior a outros alimentos. Elas requerem 300 vezes menos terra do que a agricultura convencional, 50 vezes menos água e energia do que a indústria de proteína animal, e ainda produzem quatro vezes mais oxigênio para o planeta!
Conclusão
É preciso entender que as microalgas são alimentos de qualidade nutricional avançada. Não estamos falando em fármaco, mas sim de superfoods!
Hoje, no Brasil, você pode ter acesso às microalgas em formato de cápsulas como um suplemento para sua alimentação diária.
A Chlorella é a principal microalga comercializada, mas a Spirulina cápsulas, uma cianobactéria – muito parecida com uma microalga – também entra na lista!
Ambas possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na categoria “Alimentos”.
Como são provenientes de sistemas de aquicultura, você deve estar atento ao controle de qualidade da matéria prima utilizada, questionando o seu fornecedor sobre as análises de segurança do produto, número de registro na Anvisa e certificações de qualidade dos produtores.
Microalgas são ideais para quem lida com rotinas agitadas, pratica atividade física, necessita de foco por longos períodos do dia ou sofre restrições alimentares, como vegetarianos e veganos!
Agora que você conhece um pouquinho mais sobre esses superalimentos, que tal nutrir e renovar seu corpo diariamente? Acesse o site da Ocean Drop e melhore a sua alimentação!
Conteúdo escrito por Lucas Marder. Oceanógrafo com mais de 20 prêmios nacionais e internacionais envolvendo trabalhos inovadores com microalgas.
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