Alimentação e Sustentabilidade: Como ter uma Alimentação Sustentável?

A relação entre alimentação e sustentabilidade demonstra que a preocupação com os alimentos que ingerimos deve ir além de questões nutricionais e estéticas. Não que isso não seja importante, mas os impactos que a comida causa no planeta também são – e devem ser levados em conta.

 

Há quem diga, inclusive, que para ser considerada uma alimentação saudável, ela também deve ser sustentável. Afinal, ar limpo e água potável são essenciais para a saúde e, se não escolhermos os alimentos corretamente, podemos estar contribuindo para a escassez ou até para o esgotamento desses recursos. 

 

Existe uma conexão entre tudo no Planeta e, por isso, é necessário ficarmos atentos ao que o nosso consumo está causando ao nosso redor, optando pela realização de escolhas mais sustentáveis, incluindo a alimentação sustentável. Então, quer saber mais sobre o assunto? Continue ligado na leitura do conteúdo!

Índice
  • O que é sustentabilidade?
  • Qual a relação entre alimentação e sustentabilidade?
  • Qual a importância da alimentação sustentável?
  • Como ter uma alimentação sustentável?
  • 5 benefícios de uma alimentação saudável e sustentável

O que é sustentabilidade?

O conceito de sustentabilidade pode ser explicado como o conjunto que reúne as ações e atividades humanas que tem como propósito suprir as necessidades dos seres humanos, sem comprometer a saúde do Planeta Terra e, portanto, o futuro das próximas gerações e até de si mesmo.

 

A sustentabilidade não é contra o desenvolvimento da economia, mas preza para que isso seja feito de uma forma que não agrida o meio ambiente, ou seja, com a utilização de recursos naturais de forma inteligente, diferentemente do que vem acontecendo e que pode levar à escassez ou ao esgotamento dos mesmos.

 

O tripé da sustentabilidade é baseado em três fatores: social, ambiental e econômico. Para que a sustentabilidade aconteça de fato, esses três princípios precisam estar interligados, uma vez que dependem um do outro para que haja a harmonia do ecossistema. Veja a seguir mais sobre cada um deles:

 

  • Social: está relacionado com a busca do bem-estar de toda a sociedade, respeitando os direitos e espaços do outro, onde a natureza está incluída;
  • Ambiental: o fator ambiental se refere ao consumo responsável dos recursos naturais, reduzindo ao máximo os impactos negativos que podem ser gerados ao meio ambiente;
  • Econômico: a busca pelo crescimento econômico deve ser feita de maneira sadia, pensando sempre no curto, médio e longo prazo. A falta de programação nessa área pode trazer sérios prejuízos.

Qual a relação entre alimentação e sustentabilidade?

Quando se escuta falar em sustentabilidade, é natural pensar em ações, como não poluir, economizar água, preferir fontes renováveis de energia e reciclar lixo, por exemplo. Raramente é lembrado das práticas sustentáveis relacionadas a uma das atividades mais essenciais para viver, que refere-se ao ato de comer.

 

A produção de alguns alimentos, como é o caso dos derivados de animais, emite gases do efeito estufa de forma praticamente igual à pegada de carbono ocasionada pelos setores de transporte rodoviário, aéreo e espacial juntos, segundo dados de uma publicação da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Além disso, áreas são desmatadas para a criação dos animais posteriormente abatidos e água e energia são utilizadas em grande escala. Ainda, os principais ingredientes necessários para a produção de ração – que serve como alimento – são a soja e o milho, cultivados como monocultura, que causa o desgaste do solo.

 

Tudo isso não afeta apenas o Planeta Terra, mas – sim – toda à espécie humana, pois contribui para que haja aumento dos desequilíbrios e desastres ambientais. Também pode levar à escassez ou ao desgaste total dos recursos naturais que, como comentando, são indispensáveis para a vida.

Afinal, o que é um alimento sustentável?

Para um alimento ser considerado sustentável, a produção, o plantio, a colheita ou extração, a embalagem e até a distribuição devem procurar diminuir os impactos e os problemas para o meio ambiente, como erosão do solo, contaminação da água, assoreamento de rio, entre outros.

 

Você pode achar que não contribui com os impactos negativos da alimentação no Planeta, simplesmente por não estar envolvido no processo de produção diretamente. No entanto, o consumo de alimentos pouco sustentáveis, assim como a manutenção da demanda deles, é uma forma de fazer isso. 

 

Sendo assim, é possível buscar melhores opções e incentivar mudanças na cadeia de produção! No próximo tópico você entenderá melhor a importância de preservar a  relação entre alimentação e sustentabilidade.

Qual a importância da alimentação sustentável?

Já parou para pensar no impacto que a nossa alimentação é capaz de causar no nosso corpo e, sobretudo, no meio ambiente? A produção de animais para abate, a plantação de alimentos transgênicos e outras formas de produção insustentáveis são, cada vez mais, o foco de discussões sobre o futuro do planeta.

 

Hoje, é necessário cuidar, não só com a forma que jogamos nosso lixo fora, mas também com a maneira como nossos alimentos são plantados, colhidos e extraídos. É aí que entra o conceito de alimentação sustentável e logo você saberá como garantir os benefícios da alimentação saudável e sustentável!

Como ter uma alimentação sustentável?

Sim, devemos passar a olhar para alimentação de uma forma mais ampla, observando como as nossas escolhas alimentares estão impactando ao redor. Precisamos avaliar, não apenas se um alimento irá suprir as nossas necessidades nutricionais, mas também se a sua produção não será prejudicial ao meio ambiente.

 

Para sermos sustentáveis no dia a dia, devemos escolher opções alimentares que não causam impactos negativos ao meio ambiente. Entretanto, que também sejam acessível para toda a humanidade em quantidade e qualidade. Veja como isso é possível com as 8 dicas que separamos abaixo:

1. Prefira comprar alimentos locais e da época

Consumir alimentos da sua região, minimamente processados e que necessitam de poucos recursos naturais para serem cultivados, é uma ótima maneira de incentivar a agricultura local e familiar, aproximando a produção do consumo e, diminuindo assim, os impactos ao meio ambiente também. 

Além disso, se os alimentos forem da estação, significa que não precisaram, necessariamente, de químicos para a aceleração do amadurecimento ou do crescimento, que causam malefícios a todos envolvidos. Vá a feiras e incentive os agricultores locais, principalmente para produzirem orgânicos, como você verá a seguir.

2. Opte por alimentos orgânicos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 20 mil mortes são registradas todo ano pelo uso de agrotóxicos. Os orgânicos, além de não conterem agrotóxicos, são livres de transgenia, fertilizantes e pesticidas – outras substâncias ligadas a diversos problemas de saúde e dos solos.

Todas as fases da produção dos alimentos orgânicos, que podem ser carnes, frutas, vegetais e até alguns industrializados, como biscoitos, massas e pães,  tem o objetivo de amenizar os danos causados ao meio ambiente. 

Exemplo de alimentos orgânicos

Além dos alimentos serem mais saudáveis, também tendem a serem muito mais saborosos, pois têm tempo para se desenvolverem. É bem verdade que a alimentação orgânica pode ser um pouco mais custosa, por isso, vale a pena dar uma olhada nas listas Dirty 12, os alimentos que possuem maior índice de contaminação, e Clean 15, que possuem o menor índice de contaminação. Descubra mais informações sobre eles em: Alimentos Orgânicos e Inorgânicos: Conheça as Principais Diferenças

3. Diminua a proteína animal

Já ficou comprovado que uma alimentação livre de qualquer origem animal, ou seja, com produtos veganos, é a melhor opção para o Planeta em termos de sustentabilidade. Além de consumir um altíssimo volume de recursos (para cada 1 quilograma de carne bovina, é necessário quase 16 mil litros de água), os animais emitem um grande volume de gases do efeito estufa, especialmente metano. 

 

É claro que nem todos estão dispostos a abandonar seus hábitos carnívoros, mas a simples diminuição da quantidade de carne consumida por semana já é capaz de gerar um grande impacto. 

 

Analise como está o seu consumo uma pessoa precisa de, em média, 0,9 g de proteína por kg de peso —, e comece cortando o que tem de excesso. Outra dica é optar pelo consumo de proteína animal de uma fonte menos impactante, como o peixe de mar, pescado de forma artesanal.

4. Conheça o Movimento Segunda sem Carne

O Mundo ainda hipervaloriza a proteína animal, sem necessidade, pois no reino vegetal há uma grande variedade de fontes proteicas, como é o caso das sementes de abóbora e de girassol e das leguminosas e oleaginosas. Também é possível encontrar fontes vegetais de minerais, como cálcio e ferro, por exemplo.

 

O Movimento Segunda sem Carne propõe a conscientização da população sobre os impactos que o uso de produtos de origem animal tem para o meio ambiente, convidando a descobrir novos sabores ao substituir a proteína animal pela proteína vegetal, pelo menos, uma vez por semana.

Continue lendo sobre um assunto relacionado: CÁLCIO DE ALGAS: UMA DAS MELHORES FONTE DE CÁLCIO DO MUNDO!

5. Evite alimentos processados e ultraprocessados

Quando pensamos em saúde, já sabemos que essas opções não são alimentos saudáveis e não refletem na melhor escolha, não é mesmo? Inclusive, essa informação está relatada no Guia Alimentar para a População Brasileira. No entanto, eles também não fazem bem para o meio ambiente por diversos motivos.

 

A conveniência do alimento industrializado fez com que a população deixasse de pensar nos impactos negativos que eles causam. Além de predisporem a doenças, são responsáveis pela geração de uma  grande quantidade de resíduos e requerem muita água e energia durante o processo de fabricação.

6. Escolha produtos com o menor número possível de embalagens

Se você deseja colaborar com a redução do acúmulo de resíduos na Terra, uma boa dica é adquirir alimentos não embalados ou que utilizam embrulhos em versões mínimas ou biodegradáveis. Assim, você também estará contribuindo para reduzir o desequilíbrio de ecossistemas, principalmente dos oceanos.

 

Embalagens com o selo Eu Reciclo certificam que há logística reversa do uso após o consumo, o que eleva as taxas de reciclagem no país. Você pode procurar por marcas que possuem esse selo, como é o caso da Ocean Drop.

 

Conheça o nosso portfólio completo e exclusivo de superalimentos clicando aqui!

7. Pratique o consumo consciente e aproveite 100% dos alimentos quando possível

Você sabe o que é consumo consciente dentro da alimentação? Também chamado de consumo sustentável, ele visa diminuir o impacto que comprar e utilizar algo provoca no meio ambiente, incluindo a alimentação.

 

A maioria das pessoas tem o hábito de jogar fora ou de não comprar alimentos que estão aparentemente feios, mas, na verdade, estão aptos ao consumo. Para ter melhor proveito e ajudar o planeta, é possível rever isso e utilizar pedaços e cascas que seriam descartados, tornando até uma refeição mais nutritiva.

 

Existem inúmeras receitas simples que utilizam caules, sementes, talos e folhas de diversos alimentos normalmente não utilizados. Que tal pesquisar algumas possibilidades para evoluir os seus dotes na cozinha, evitar o desperdício e economizar dinheiro? Uma opção você já encontrará a seguir:

Pão de casca de banana

Ingredientes:

  • 6 unidades de bananas com cascas;
  • 1 xícara de água;
  • 1/2 xícara de óleo;
  • 1 xícara de leite;
  • 1 ovo;
  • 30 g de fermento fresco para pão;
  •  1/2 kg de farinha de trigo;
  • 1 pitada de sal;
  • 1 colher de sopa de açúcar.

Modo de preparo:

  1. Leve e pique as cascas de banana e liquidifique-as com água;
  2. Misture o óleo, o leite, o ovo e o fermento e siga batendo a mistura no liquidificador;
  3. Transfira o conteúdo para uma tigela e acrescente aos poucos a farinha e o açúcar;
  4. Por sim, as bananas em rodelas e o sal à essa massa;
  5. Deixe crescer até dobrar de volume e leve para assar em forno pré-aquecido até dourar.

8. Adicione as microalgas no cardápio 

As microalgas são ótimas opções para aumentar o volume de nutrientes com um baixíssimo impacto no Planeta, fazendo com que sejam consideradas pelos especialistas como a alimentação do futuro.

Usadas como fontes de alimento por tribos de todo o mundo há milhares de anos, as microalgas possuem alto índice de proteína de boa absorção, bem como de vitaminas, A, C e D, e zinco e ferro, sendo capaz de complementar, em termos de nutrição, uma dieta sem proteína animal.

Mas por que será que as microalgas são consideradas parte de uma alimentação sustentável? É simples: para a produção, há uma combinação de poucos recursos para manutenção não é necessário fornecer água limpa ou alimentos diariamente! Ainda, há pouco ou nenhum dejeto (lixo) e uma alta escalabilidade. 

 

As microalgas possuem níveis de produtividade muito superiores a outros alimentos. Ou seja, é possível alimentar uma grande população com pouco impacto para o meio ambiente. 

 

Elas requerem 300 vezes menos terra do que a agricultura convencional, 50 vezes menos água e energia do que a indústria de proteína animal e ainda produzem 4 vezes mais oxigênio para o planeta!

5 benefícios de uma alimentação saudável e sustentável

Agora que você viu o que é uma alimentação sustentável e quais são os alimentos que podem ser acrescentados no seu cardápio diário, vamos conhecer alguns benefícios de como ser sustentável pode ajudar na saúde! São eles:

 

  1. contribui com a prevenção de doenças, como câncer, obesidade e diabetes;
  2. ajuda no retardamento do envelhecimento precoce das células;
  3. auxilia no equilíbrio hormonal;
  4. contribui com o aumento da energia;
  5. ajuda na melhora de humor.

Gostou?

Agora ficou claro importância entre a relação de sustentabilidade e alimentação? Devemos cuidar de nós em paralelo com a matriz ambiental, pois pertencemos a um ecossistema.

 

A Ocean Drop é a única empresa no Brasil especializada em superalimentos do oceano à base de algas e microalgas. Nossa linha, Bloom Bits, oferece opções plant-based vitamins para pessoas que buscam nutrição inteligente e um estilo de vida cada vez mais consciente.

 

Acreditamos que sozinhos somos uma gota, mas juntos formamos um oceano!

 

Caso tenha ficado com dúvidas ou tenha alguma sugestão, deixe nos comentários! Ficamos felizes com a sua contribuição e logo nossa equipe responsabilizada lhe responderá!

 

Para ficar por dentro de mais assuntos sobre saúde, bem estar e qualidade de vida, siga acompanhando o  Blog da Ocean Drop! Até a próxima!

Conteúdo escrito por Murilo Canova, oceanógrafo, pós-graduado em gestão de projetos. Desenvolveu pesquisas com microalgas desde 2012. Atualmente é  co-founder e CEO da Ocean Drop.

Ficou com dúvida?

Tire suas dúvidas que iremos responder o mais rápido possível